Como inovar
Inovar pode ser para muitos algo bem distante. Inovação muitas vezes está ligado somente à empresas como Google, Apple, Amazon, entre outras, que sempre tiveram gênios por trás de seus sucessos.
E por esses e outros motivos a teoria de ‘como inovar’ está quase sempre longe da realidade da maioria dos empreendedores.
Ao mesmo tempo, os poucos que realmente se arriscam e iniciam um processo de inovação dentro de suas empresas costumam encontrar dificuldades na hora de decidir os lugares e os momentos certos para sofrerem essa tal de inovação. E isso faz com que as escolhas sejam baseadas mais em sorte do que em decisões estratégicas.
Independente dessa dificuldade, saber como inovar continua fazendo parte das aspirações de inúmeras empresas, mesmo que inconscientemente.
Muitos empreendedores investem em suas ideias sem a certeza de que estão olhando para os pilares corretos que definem inovação.
E por fim, dados confirmam esse cenário. De acordo com a consultoria de inovação Maddock Douglas, mesmo que 80% dos empreendedores afirmam saber que o sucesso de seus negócios dependem da introdução de novos produtos e serviços, mais da metade concorda que suas empresas não investiam o suficiente em inovação.
Entendendo a origem da inovação
Todas as empresas precisam evoluir, ano após ano. E justamente por isso que o termo ‘inovação’ está tão em alta ultimamente, A palavra está diretamente relacionada com a busca e a iniciativa de implementar novas maneiras e caminhos para crescer.
E para facilitar esse conceito tão abstrato, podemos entender como inovar uma empresa tendo como base 6 categorias:
- Novos processos – cortar gastos com entrega, com produção, automatizar os processos internos de criação, eliminar gorduras que retardam o ciclo de venda, entre outros.
- Novas experiências – aumentar a taxa de retenção de clientes e consequentemente sua fidelidade através de experiências mais profundas, conexões mais poderosas e personalizadas.
- Novas características – vender os mesmos produtos e serviços com melhorias que permitam com que você aumente o valor agregado ao fim do processo de compra,
- Novos clientes – trate-se da busca por novos mercados e novos nichos que compartilhem das mesmas dores ou do mesmo escopo dos seus nichos atuais.
- Novas ofertas – ficar atento à novos problemas que possam surgir dentro do seu público-alvo para, em cima disso, criar novos produtos e serviços que solucionem novas necessidades antes não solucionadas por sua empresa.
- Novos modelos – descobrir novos canais de venda ou relacionamento, mudar o modo com que sua empresa agrega valor ou até mesmo migrar as plataformas nas quais sua empresa costumava trabalhar.
Deixando a sorte de lado
Após entendermos as categorias que constituem um processo de inovação organizacional, é hora de detalharmos o peso de cada uma frente à um planejamento estratégico de sua empresa que buscar inovar de maneira racional e não mas baseada na sorte.
Para tal, fizemos este gráfico que mostra a prioridade e tamanho da fatia de cada categoria nessa pizza chamada ‘inovação’:
O gráfico acima mostra como as 6 categorias citadas anteriormente se dividem e como o orçamento destinado para a inovação na sua empresa pode ser alocado, visto a complexidade e importância de cada um.
Evolucionário
Este quadrante do gráfico constitui a maior parcela do orçamento e tem um motivo para isso. Focar esforços em novidades que envolvam somente melhorias nas características atuais dos seus produtos e serviços, além de novas experiências, faz parte de uma das abordagens menos arriscadas.
Isto porque você estará evoluindo dentro do seus próprio mercado ou nicho, local este que já faz parte da sua bagagem, não é algo novo e desconhecido.
Diferenciação
Semelhante ao quadrante “Evolucionário”, a “Diferenciação” também baseia-se em explorar um nicho já conhecido de clientes e concorrentes. Porém ele se torna uma abordagem um pouco mais arriscada a partir do momento em que exige com que sua empresa traga melhorias novas que jamais foram propostas antes.
Isso faz com que você se torne pioneiro em seu mercado e saia na frente da concorrência, mas resultados melhores como estes claramente exigem um nível de esforço e risco um pouco maiores.
Falhar Rápido
O nome deste quadrante por mais curioso que pareça, consiste em uma abordagem mais arriscada que tem como foco testar novos mercados. E por conta disso, a exploração de novos mercado vem acompanhada de um nível de riscos ainda maior. E assim, é natural esperar falhas e resultados pouco satisfatórios num primeiro momento.
Por conta disso a abordagem exige uma parcela de investimento um pouco menor.
Mas acompanhado esse alto risco, vem também um alto nível de retorno caso a abordagem seja feita da maneira correta.
Revolucionário
E por fim, o último quadrante trata-se da abordagem mais arriscada de todas, pois ela não só foca em explorar mercados além dos já conhecidos, mas também em trazer soluções pioneiras jamais pensadas antes para estes novos mercados.
Assim, a abordagem é a menor parcela do orçamento e é também a mais arriscada, porém a mais promissora de todas.
Aqui o foco costuma ser em cima de uma próxima grande ideia, e através de métodos ágeis e processos extremamente otimizados, essa tal ideia ganha mais corpo.
Colocando tudo isso em prática
Vimos que a inovação pode ser muito mais amigável do que um termo extremamente abstrato. E vimos também que conhecer cada pilar e cada tipo de abordagem pode facilitar um possível investimento em inovação dentro de sua empresa.
E claro, para que isso tudo funcione, é essencial que você e seu time consigam reunir os melhores recursos e ferramentas para que tal mudança seja motivo de orgulho e fonte de conquistas para o futuro de sua empresa.
Assim, conhecer como a inovação organizacional surge e quais são seus pilares faz com que você vá além de de escolhas baseadas em sorte.
