As Forças de Porter e a Análise de Vantagens Competitivas

As Forças de Porter e a Análise de Vantagens Competitivas

No mercado, independentemente do setor, existem empresas que se saem melhor do que outras. Diz-se que tais empresas possuem vantagem competitiva sobre suas empresas rivais. Tais vantagens competitivas podem advir de diversas origens, sendo importante identificar em quais a empresa se destaca positiva e negativamente, para saber em que quesitos ela precisa melhorar e quais já estão acima do padrão de mercado e somente devem ser desenvolvidos. O modelo das Forças de Porter permite às organizações identificarem seu papel com relação ao mercado e seus clientes, em busca de conhecer melhor os caminhos para obter vantagens competitivas no seu respectivo setor.


As Forças de Porter podem ser divididas em cinco classificações, sendo elas:

Rivalidade entre concorrentes

Nessa Força, avalia-se a competitividade presente no setor, ou seja, a quantidade de concorrentes e a sua diversidade, o poder econômico deles e a fatia de mercado dominada por cada um desses. Além disso, considera-se a diferenciação entre os produtos e serviços ofertados por cada concorrente.

Com isso, um setor com mais concorrentes é um setor com grande disputa e que, para se diferenciar, a empresa entrante deve apresentar um diferencial relevante para os clientes, seja em custo-benefício, em praticidade ou em maior completude e/ou qualidade do produto ou serviço ofertado. Também é relevante considerar o tamanho das empresas concorrentes, vide que é difícil concorrer em um mercado de empresas gigantes sendo uma empresa pequena, a não ser que exista uma grande vantagem competitiva gerada em alguma das outras forças.

 

Poder de Barganha dos fornecedores

Essa força avalia o poder de barganha dos fornecedores se baseando na quantidade disponível deles, no custo atrelado a mudar de fornecedor e na diferença de qualidade entre os disponíveis. Assim, para a empresa, a situação ideal é um setor que possua abundância de fornecedores, de mesmo nível de qualidade com custo baixo para a mudança entre eles, assim é possível sempre comprar daquele que oferecer o menor preço.

É necessário se atentar que tal situação é muito rara e que na grande maioria dos casos, os fornecedores também possuem força de negociação. No entanto, é recomendado buscar um ambiente em que a empresa possua mais voz do que o fornecedor.

 

Poder de Barganha dos clientes

Essa força avalia o poder de barganha dos clientes, baseando-se na quantidade disponível deles e volume das compras realizadas. O ideal para a empresa é um setor com abundância de clientes e com grandes compras de modo que ela venda em quantidades relevantes e possa estipular maiores margens de lucro, vide que existem compradores disponíveis. No entanto, via de regra, tal força determina quem deve se curvar a vontade da outra parte da negociação, a empresa ou seus compradores.

 

Produtos substitutos

Essa força avalia a ameaça do lançamento de produtos que substituam aquele ofertado pela empresa. Setores com grande inovação exigem que a organização invista no desenvolvimento de seus produtos e de possíveis substitutos, visando se manter competitiva e atualizada. Os custos atrelados a tais processos de desenvolvimento muitas vezes são impeditivos para novas empresas nesse tipo de setor.

 

Novos entrantes

Essa força avalia a dificuldade para novas empresas entrarem no mercado, levando em consideração os valores de investimento inicial, a facilidade de distribuição e de fornecimento, o tempo para se adequar a regulamentação, a existência de patentes e o nível de experiência necessária para gerir o negócio. Com isso, uma empresa já estabelecida está interessada em se manter em um setor com baixo risco de novos entrantes, vide que, novas empresas aumentam a concorrência.

Essa força também avalia a possibilidade de sucesso de uma nova empresa, visto que setores como o de tecnologia, que muitas vezes exigem um investimento inicial menor, apresentam mais casos de sucesso de empresas novas que começam “pequenas” como as ditas startups.


Com isso, é evidente que o Modelo das Forças de Porter pode ser benéfico tanto para empreendedores estimarem a possibilidade de sucesso de um empreendimento, quanto para empresas estabelecidas avaliarem sua posição com relação ao mercado em que estão inseridas, buscando formas de se destacar da concorrência e expandir sua fatia de mercado e lucro no médio e longo prazo. No fim, independentemente do tamanho da empresa, é importante avaliar as suas vantagens competitivas e a utilização das Forças de Porter é uma das melhores formas de fazê-lo.

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AUTORES: Henrique Marques e Rafael Scalon

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