Entenda de uma vez o que é uma API
Se você já trabalhou com desenvolvimento, provavelmente se perguntou: “O que é uma API?” e por que ela é tão mencionada. Neste artigo, vamos esclarecer essas dúvidas e ajudar você a entender de forma definitiva o que é uma API.
Imagine que você está desenvolvendo um sistema de cadastro de usuários e deseja que, ao inserir um CEP, os demais campos — como rua, cidade, estado e bairro — sejam preenchidos automaticamente. Como resolver esse problema? Uma solução viável seria utilizar um serviço ou software já existente, que, ao fornecer o CEP, retorne as informações desejadas. É exatamente isso que uma API faz. Basicamente, uma API é uma interface que permite a comunicação e integração entre dois sistemas, facilitando a troca de informações entre eles.
Como funciona uma API?
Vamos entender o funcionamento de uma API usando o exemplo do CEP. Primeiramente, o sistema de cadastro atua como o “Cliente” e envia uma requisição (Request) informando quais dados deseja obter do serviço de CEPs por meio da API. Essa API se conecta ao sistema que possui as informações solicitadas e devolve os dados para o cliente na forma de uma resposta (Response).
Com esse exemplo, fica claro que a API atua como intermediária entre um sistema que solicita informações e outro que as fornece. Assim, a API oferece uma forma segura para que softwares possam trocar dados entre si.
Por que uma API é importante?
Mesmo após entender o conceito de API, você pode se perguntar: “Por que o cliente não pode simplesmente fazer a requisição diretamente ao serviço?”. Em outras palavras, por que precisamos desse intermediário?
Uma API é essencial por razões de segurança e eficiência. O desenvolvedor da API deve garantir que apenas usuários autorizados possam acessar os dados, implementando mecanismos de autenticação e monitoramento. Além disso, a API processa a resposta do serviço e padroniza a forma como os dados são enviados ao cliente, facilitando e protegendo a comunicação entre o cliente e o serviço.
Tipos de API
API de Dados: Permite o acesso às operações CRUD (Create, Read, Update, Delete) em um serviço de banco de dados, permitindo que uma aplicação ou sistema de gestão interaja com essas informações.
API de Sistemas Operacionais: Define como uma aplicação pode interagir com os recursos e serviços de um sistema operacional. Um exemplo disso é quando uma aplicação deseja acessar a câmera de um dispositivo móvel. O sistema operacional oferece uma API que facilita essa comunicação.
APIs Web: Este é o tipo mais comum de API, pois possibilita a transferência e leitura de dados entre dispositivos e sistemas baseados na web, seguindo o modelo cliente-servidor. O exemplo da consulta de CEPs mencionado anteriormente é um caso clássico de API web.
Desenvolvedor x Consumidor
No universo das APIs, há duas formas de interação: desenvolvimento e consumo. Como desenvolvedor, sua responsabilidade é criar a API, garantir sua segurança, definir padrões para requisições e respostas, e disponibilizá-la para o público-alvo da sua aplicação. Já como consumidor, é importante seguir as diretrizes e padrões estabelecidos pela API para utilizá-la de forma eficiente e segura.
Dica
Interessado em consumir APIs? Há diversas APIs gratuitas disponíveis na internet. Uma plataforma recomendada para encontrar a API ideal para o seu projeto é a Free APIs. Um exemplo interessante é a BrasilAPI, que fornece várias informações sobre o Brasil.
E se você quer desenvolver sua própria API, a boa notícia é que, hoje em dia, criar uma API web é algo fácil e rápido, o que explica sua crescente popularidade. Há diversas linguagens e frameworks que você pode usar. Minhas recomendações são o Flask, para desenvolvimento em Python, e o Express.js, para desenvolvimento em JavaScript.